Atividade 1- Sociologia

DESIGUALDADE VERSUS UNIÃO

O caso do atropelamento de Rosilene é realmente chocante. Quando eu li o artigo, até achei difícil de acreditar: isto aconteceu mesmo? Reli a reportagem e vi que realmente era verdade. Como que a maldade humana, ou a indiferença, chegaram ao ponto de passar por cima de uma mulher, grávida, apenas porque ela não era um Ayrton Senna e não corria de carros, trazendo medalhas para o Brasil?

Acredito que seja por conta da “ignorância” das pessoas quanto à importância dessa mulher na sociedade. Ignorância aqui é sem querer ofender, é no sentido de não se dar conta. Imaginem se nossa sociedade não tivesse tantas Rosilenes, empregadas domésticas, para cuidarem dos nossos parentes pequenos, de nossas casas, para fazer seu almoço enquanto você trabalhou a manhã inteira. Aquelas Rosilenes que são tão prestativas que, às vezes, tornam-se até amigas da família. Rosilenes que lavam suas roupas e sua louça. São pagas sim, mas merecidamente não? E, muitas vezes, até muito mal pagas por todo o seu trabalho árduo. Imaginem se elas não existissem, quem que faria o trabalho por elas? Quem faria seriam os Sennas: ricos, idolatrados e “modelos” do país. Sem nunca desmerecer Senna, eu ressalto aqui que todos podiam ser modelos do nosso país. Desde o gari, que tem uma enorme importância na vida civil, prezando pela organização da cidade, até o presidente da república. TODOS são cidadãos do Brasil e seres humanos. Todos têm a mesma dignidade, os mesmos direitos, mesmos deveres. Penso que não é uma cor de pele ou a condição financeira no nascimento que vai fazer o ser humano ter menos valor, ou então a opção sexual ou o modo de viver. Devemos parar com o PRÉ-conceito. Preconceito, abramos nossas mentes, é desde o racismo até aquele pequeno ato desrespeitoso que temos com relação ao nosso colega, por ele ser menos dotado de “beleza” física (a própria, imposta pela sociedade), ou então quando ele não tem os mesmos gostos que a gente, ou é um pouco mais tímido. Aqui falta a UNIÃO. União das raças, credos, estilos de vida. Esta é a grande questão do atropelamento cruel de Rosilene e do choro doído do povo com a morte de Senna. A morte dos dois deveria ter sido chorada do mesmo jeito, vista do mesmo jeito. Todos somos iguais, apenas precisamos nos juntar em um verdadeiro GRUPO.

Portanto, penso que todos na sociedade têm os mesmos direitos, mesmos deveres, mesmo “poder ser modelo” do país. Se todos se unissem, sem o terrível preconceito, não iriam precisar de idéias impostas pela sociedade de que a imagem do Brasil só é levantada com famosos, medalhas no esporte, riqueza. O Brasil, então, seria reconhecido pela união, pela inexistência de preconceitos. Com isso tudo iria mudar: a economia, as relações interpessoais, os crimes. É preciso começar já, começar onde vivemos, na nossa família, com nossos vizinhos, com nossos colegas, com todos. Essa é a grande solução para nossa sociedade e para o nosso mundo atual.